Nestes dias de descanso (para alguns), é quase um paradoxo ler ‘Os Trabalhos e os Dias”. Não porque seja necessário um grande fôlego para quem o lê, mas sim imaginar o que passou quem os viveu.
Neste livro (pequeno, mas relevante), reúnem-se dez contos de Baltazar Lopes (n.1907-f.1989). O poeta da ‘Claridade’. Da Vila da Ribeira Brava, da ilha de São Nicolau. O contista, romancista, filólogo, advogado e outras coisas mais.
“… Os outros não insistiram, porque compreendiam a necessidade que o homem do Tarrafal tinha de se descartar da incumbência o mais depressa possível. Ainda acompanharam a sua sombra urgente a perder-se no primeiro cotovelo de estrada. Depois encaminharam-se para os seus castelos. Cada um já sabia o que tinha a fazer…”, Baltazar Lopes, “Os Trabalhos e Os Dias”.
Adelino Pires / 13.Agosto.24