O lugar dos livros impossíveis!

Saudades da sua escrita autêntica e depurada, onde o aspecto granítico da figura, escondia o humanismo das entranhas.
“… Os que ficam, cavam a vida inteira. E, quando se cansam, deitam-se no caixão com a serenidade de quem chega honradamente ao fim dum longo e trabalhoso dia. E ali ficam nuns cemitérios de lívida desilusão, à espera que a lei da terra os transforme em ciprestes e granito…”.

Afinal como ele, Miguel Torga, que escreveu o que cito em “Portugal” e que assim ‘cavou’ à sua maneira, repousando em terras de granito e em campa rasa, à sombra da Torga de que assumiu o pseudónimo.

(Passam hoje 30 anos sobre a morte de Miguel Torga; Ilustração de Luis Leitão)

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