Descrição
- Autor: José Bação Leal (1942-1965)
- Trata-se da 2ª edição de ‘Poesias e Cartas’, de 1971, apreendida pela PIDE quando saiu, com uma Introdução de Urbano Tavares Rodrigues que então referiu: “… A obra póstuma de José Bação Leal foi para nós a revelação… de um talento profundamente original e de uma sensibilidade nova…”
- B- 160 pag.
“… José Crisóstomo Gomes Bação Leal morreu na guerra colonial em Nampula, norte de Moçambique, com vinte e três anos e o posto de alferes miliciano. O seu livro Poesias e Cartas, editado pelos amigos após a sua morte e reeditado pelo pai em 1971, foi, nesse ano, o livro mais vendido na Feira do Livro de Lisboa, antes de ser apreendido pela PIDE. Urbano Tavares Rodrigues assinou o prefácio onde escreve: «Além de nos fazer conviver humana e esteticamente com quem teria porventura vindo a ser – não lhe houvessem truncado a vida a crueldade e a insânia que ele denuncia – um dos maiores escritores da língua portuguesa do nosso tempo, este livro fica para sempre, no seu valor testemunhal, como um marco histórico (resumindo a agonia e o martírio de tantos e tantos jovens absurdamente torcidos ou, como ele, quebrados, ao arrepio da história na sua natureza e nas suas opções), eis-nos pois, perante um extraordinário, um apaixonado documento de consciência, que por ser rigorosamente localizado, resulta ainda mais universal.»
Luísa Marinho realizou um documentário apresentado no doclisboa 2007 «Poeticamente Exausto, Verticalmente Só» (frase retirada de uma das suas cartas) que «traça o percurso de Bação Leal através das memórias dos seus amigos próximos e da sua irmã. Estes lembram a sua inteligência, o seu talento, o seu humanismo, bem como a resistência corajosa de que foi capaz dentro da própria institução militar.»
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