Era assim que Gandhi, seu amigo pessoal, a ele se referia. Nunca ouvira falar dele até que um dia a Amanda de Sousa me perguntou se o conhecia. Disse-me para o procurar, para o ir descobrindo, para o ir lendo, que ela, Amanda, já o havia feito há muito. Anotei o nome. Rabindranath Tagore. E assim fiz.
Descobri um poeta de sensibilidade notável, mas também um romancista, músico e dramaturgo. Natural de Calcutá e figura de destaque na literatura bengali, foi Nobel da Literatura em 1913, tocando o belo na profunda simplicidade com que escrevia.
Não vejo a Amanda há algum tempo. Lembro-me dela e da sua alegria de viver quando, ainda vizinhos, falávamos vezes sem conta às voltas com a publicação do seu livro ‘Índia’ que quis dedicar ao seu Estevão que, já doente, se pressentia iria ‘partir’. Mas sempre que me lembro de Tagore, lembro-me dela. Ou quando me lembro dela, lembro-me dele.
“Aos que me são queridos, deixo as coisas pequenas. As grandes são para todos…
*(passa hoje mais um ano sobre a sua morte)
Adelino Pires / 7.Agosto.24
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