Lembrei-me dele, hoje, dia em que passa mais um ano sobre a ‘Fuga de Peniche’, ocorrida a 3 de Janeiro de 1960 e onde, Álvaro Cunhal, Francisco Miguel e alguns outros, protagonizaram um dos episódios mais mediáticos do período histórico do Estado Novo. Domingos Abrantes, estando de fora, teve um papel determinante na busca dessa liberdade. E o que terá a ver Urbano com tudo isto? Aparentemente nada. Ou poderá ser muito.
Ele, que também estivera preso por questões políticas em Caxias. Ele, também inconformado com o que via e sentia. Ele, cuja consciência, o levara a escrever, escrever, escrever muito. E porque ele, Urbano, privado de algumas liberdades como tantos outros, “… se ultrapassa a si mesmo sem se negar ou trair…”, como escreveu um dia Mário de Sacramento, no prefácio desta 2ª edição que agora apresento.
adelino pires